Embora poucas, as obras de arte urbana colocadas nas praças e ruas
da cidade nos últimos anos sempre despertaram a polémica, sendo
objecto de prolongada discussão na imprensa local. Provavelmente
já poucos se recordarão da discussão em torno do monumento à Moura
Salúquia ou da verdadeira "guerra" em torno da Garrafa.
Uns, talvez por estarem com os "pés bem assentes no
chão", ficaram. Outros, quiçá mais portáteis,
desapareceram de circulação...
Monumento à Moura Salúquia
Da autoria do artista mourense Luís Camacho, o monumento foi inicialmente
contestado, não tanto pela obra em si mas mais pelo arranjo proposto
para o espaço envolvente.
Ultrapassado o problema, o obelisco e o largo onde foi colocado,
apresentam-se hoje como um conjunto agradável, já que as linhas
simples do monumento se inserem com elegância na arquitectura à
sua volta.
A Garrafa
A Garrafa fazia parte do projecto
"Além da Água", um "projecto trans-fronteiriço, com intervenção
no real, que visa assumir-se nas linguagens que definem o presente
destas duas regiões do sul", apoiado por dinheiros comunitários.
Segundo o autor, Pedro Portugal, a Garrafera o simbolo da água de
Alqueva e os benefícios que ela vai trazer ao Alentejo.
Tanto a estética da obra como a sua localização foram vivamente
contestadas. A polémica, despoletada pelo jornal local "A
Planicie", acabou por ter honras de primeira página no semanário
"Expresso"
A contestação geral levou a autarquia a "desterrar" a Garrafa
para uma das entradas menos concorridas da cidade, cabando posteriormente
por desparecer para parte incerta.
Monumento de homenagem a José Coelho
Situado no antigo Largo da Feira, junto a supermercado Ibérico,
é uma singela homenagem ao grande mourense, José Coelho,
autor ( sózinho ou em parceria com Leonardo Mendonça
) de verdadeiros hinos de Moura como a "Nossa Senhora do Carmo",
"Moura Linda" ou "Adeus, minha linda VIla"